sexta-feira, 18 de novembro de 2011

MY WAY

...talvez ele ouça aqui "My Way" enquanto contempla sua própria criação...
 Uma das músicas que o artista Waldir Fiorentino mais gosta, talvez A QUE ELE MAIS GOSTE: My Way by Frank Sinatra, e, por muito acaso, My Way by Elvis Presley É A MÚSICA DO REI DO ROCK QUE MAIS GOSTO rs... impossível não se emocionar com ambos cantando... para mim, Sinatra e Elvis estão "acima do bem e do mal" rs... Gostem ou não ambos são e estão entre os maiores músicos de todos os tempos... e muito ainda espero falar de ambos por aqui, de Sinatra pelo "Mestre" Waldir Fiorentino e de Elvis por mim... sei que estavamos há muito tempo sem postar mas... aos poucos... rs estamos voltando, e não haveria ocasião MELHOR para citar o bom gosto do artista, em dizer que "My Way é uma das melhores músicas de todos os tempos!"
Você pode (infelizmente rs) até não gostar nem de Sinatra e tão pouco de Elvis... ser "domesticadamente pop" e não valorizar ou, pouco se interessar  por um grande clássico da música mundial, bem pode (infelizmente rs) simplesmente não gostar das incríveis vozes de ambos... OUÇA COM Robbie Williams rs... mas OUÇA! OUÇA E LEIA A LETRA, É UMA BELÍSSIMA PROSA E VERSO.... uma das melhores... SINTA A MÚSICA.... difícil de alguém não se emocionar.... abaixo, o vídeo com Sinatra e em seguida com Elvis, com a tradução em ambas meus amigos...
"Mutatis Mutandis..." Abração e até a próxima.... que não demore muito kkkk....




segunda-feira, 25 de julho de 2011

LIVRO MEU AVÔ & EU (ADRIANA MANI)

Hoje vamos falar não do Waldir Fiorentino, que também é muito avô, mas de um outro grande homem, o Sr. Domingos Mani, que de tão grande até livro já virou, sua neta, Adriana Mani, com respeito, amor, carinho e letras, lançou recentemente o livro Meu Avô & Eu (Editora Multi Foco). Como bem descrito no site  da Editora: "Uma trajetória onde duas almas se cruzam e criam laços de amor e amizade que transcendem a própria vida. ..." Quem quiser conhecer a história real tão linda de se ler, só entrar em contato com a autora pelo Facebook ou via email:



Abaixo, texto da Adriana Mani, referente ao livro, escrito em seu Blog Where's my mind?




Quatro anos!
O tempo corre loucamente e quando dou por mim já é noite, já é um novo dia, já é sexta novamente, já é segunda outra vez. As horas passam e o tempo realmente voa. Nessa rapidez com que o mundo gira sem perceber já se foram quatro anos.
Quatro anos é tempo demais!
É muito tempo sem ouvir aquela voz tão agradável, sem sentir aquele abraço tão acolhedor, sem o prazer de ouvi-lo falar por horas e horas e horas...
Sinto saudades daquela barba por fazer espetando o meu rosto quando ele me abraçava, daquela mão forte que segurava a minha e de sentir aquele cheiro de pai. Uma mistura de cigarros e de loção pós-barba.
Um dia ele acariciou o meu rosto. Olhou-me da maneira mais terna que alguém poderia me olhar e depois foi embora. Partiu deixando o meu coração pequeno e dolorido, mas cheio de lembranças maravilhosas. Cheio de amor e de uma saudade que nunca passa.
Antes de ir ele me disse que não importa o que aconteça o sol continua a brilhar sobre bons e maus. Hoje o sol brilhou. O dia estava lindo e o pôr do sol foi incrível. Ele continua tendo razão em tudo o que dizia.
E ele me dizia para ser corajosa e forte. E é exatamente isso que estou tentando fazer: estou sendo a pessoa mais corajosa desse mundo ao contar nossa história e forte o bastante para não desistir dos meus sonhos.
E eu me lembro de tudo. De cada pedacinho vivido, de cada história, de cada riso e de cada lágrima. É isso o que me faz forte. Saber exatamente quem eu sou de onde eu vim e pelo que devo ser grata.
Sou grata à vida, à minha existência nesse mundo e a oportunidade de crescer e melhorar como pessoa. Sou grata pelo trabalho, pelo pão e pelo lar. Pela família, por ter um amor verdadeiro e principalmente por ter tido o privilégio de ter tido um pai-avô tão especial e maravilhoso.
Eu o amarei por toda eternidade.
Saudade meu amigo querido!

Querida Adriani... PARABÉNS por gesto de amor tão lindo, sucesso sempre para ti nossa amiga!

Uma ótima semana regada a muita arte, cultura e consciência para todos nós... Abraço...



segunda-feira, 18 de julho de 2011

PEQUENA CRÔNICA PRA MOGI

Em forma de despedida, saindo desta cidade o amigo, músico e poeta, Antônio Soledad entrega em mãos a Waldir Fiorentino, de presente, uma carta, e o texto  o sensibilizou de forma que ele  quis que fosse publicado num jornal da cidade, por também falar um pouquinho de nossa querida Mogi das Cruzes. Escrita de maneira poética e descontraída, gostoso de se ler. Então, poeta e músico Gui Cardoso, levou ao jornal e foi  publicado no Caderno A -  O DIÁRIO DE MOGI DAS CRUZES, em 13/06/2004.

PEQUENA CRÔNICA PRA MOGI

Tem coisas na vida da gente que só mesmo quando acontecem pra gente poder acreditar nelas. Dia desses, enquanto eu me encontrava fora da cidade, ladrões entraram na minha casa, arrombaram portas, picharam paredes me chamando de otário e roubaram várias coisas de valor, no mais amplo sentido que esta palavra possa ter. Foi um choque, quase não deu mesmo pra acreditar. Mas foi só então parei e percebi que há outras situações e coisas em que também é difícil a gente conseguir acreditar.
Se a gente ganha um prêmio, se a gente se apaixona por alguém, se pega uma doença rara, e mesmo em outras diversas situações, não tem jeito, é inevitável que por instantes fiquemos pasmos para só depois cair na real.
Hoje, particularmente, o que está me deixando pasmo, meio avoado mesmo, é que estou indo embora, me mudando de Mogi.
De forma natural, seguindo pela longa estrada, mas sem querer abandonar meu lugar na sessão de um filme que me passe à frente dos olhos neste dado momento. Um filme sobre minha pequena vida em Mogi.
Mogi das Cruzes em que se pode chegar de trem, de trem vazio ou trem lotado da hora do rush, mas onde não se chega antes de se passar por várias estações, dando tempo suficiente pra pensar, dormir e até descansar.
Mogi em que se faz um frio danado, em que se chove a vida toda encharcando nossos sapatos e nossas meias, mas que também tem Sol e montanhas tão bonitas ao redor, e logo depois, o mar.
Mogi do Rabicho, um sambista de origem rara, que, sensível e incansável, vira e mexe tá fazendo arte pelos cantos da cidade.
Foto: Arquivo pessoal
Mogi DOS DOIS WALDIR, um que canta com voz de pássaro, E OUTRO QUE ESCULPE SUA VIDA QUASE COTIDIANAMENTE NA PRAÇA DO CARMO, FAÇA CHUVA OU FAÇA SOL, E QUE O JÔ SOARES, POR PURO VACILO, PERDEU DE ENTREVISTAR.
Mogi do Morumbi, que tem tanta gente alegre nos finais da tarde, entre petiscos e goles, e onde eu defendia um troco legal, e que me fez passar a maior vergonha porque o chefe disse pra eu sumir dali com meus livrinhos de poesia de amor que vendo nos bares.
Mogi do trânsito que faz você ter que olhar para todos os lados possíveis e imagináveis antes de poder atravessar as ruas, pra não ser atropelado, mas que se você tiver sorte, acaba entrando numa daquelas ruazinhas de pedra onde tem uma linda casa de muitos anos atrás, que parece quadro de pintor consagrado.
Mogi daquele casarão do lado do PL, região central da cidade, que é tão lindamente sinistro que se existisse Drácula, castelo assombrado e um escritor de momento, pronto, a história estava prontinha.
Mogi do prefeito de nome fácil de lembrar: Junji Abe.
Mogi das praças cheias de árvores, dos ipês mais lindos, Mogi cheia de crianças, cheia de gente corajosa, cheia de artistas verdadeiros, cheia de perigos verdadeiros.
Mogi do Diretor de Jornal que também é um poeta do mais fino trato com as palavras do dia a dia, caso raro de se ver. Do músico que é dono do bar onde tantos músicos querem tocar, do bar que toma conta do músico, das moças, dos rapazes, nas noites longas, alegres e irresistivelmente inconstantes daqui.
Mogi da UMC, da UBC, do Amarelinho, da Biblioteca Municipal que tem livros incríveis, jornais, vários funcionários legais, e fecha pro almoço.
Foto: Cesar de Oliveira
http://colegioraizesmogi.blogspot.com/
Mogi do Teatro onde fiz um show inesquecível, ao menos pra mim.
Mogi da Rua São João, do bar Carioca, reduto de parte da boemia, que como em qualquer outra cidade, se esquece de voltar para casa e dorme pelas ruas.
Mogi do grande artista Jorge Amaro, que já descobriu o segredo de praticamente tudo, mas precisa continuar vivendo com tesão.
Mogi do teatro. Da poesia. Mogi da música na veia. Do Lelo Papã que foi tocar atabaque na Bahia, do Trettel dançando com o solo de sua guitarra e seu coração de menino, do seu Júlio Borba que corta o cabelo mas também corta o coração de quem lhe ouve ao violão.
Mogi da Banda Santa Cecília, que ama tocar acima de todas as coisas.
Mogi do Bar da Rita, que juntava gente, cachorro, gato, papagaio e criancinhas, todo mundo junto, para curtir som nas tardes de domingo, até o Dr. Promotor proibir.
Mogi do Miltinho, que morreu antes de eu chegar aqui, e que deixou muita saudade no povo da noite, que fez até uma festa para ele, que já não estava de corpo presente.
Mogi do Picu do Urubu, que é tão lindo, sobre o qual homens e mulheres fazem tantas coisas, além de ver a cidade toda de uma só vez.
Mogi do Rui Ponciano, cantor e compositor de músicas tão boas quanto as melhores  músicas do planeta.
Mogi que me afagou demais, me inspirou demais, mas que também me disse, na hora certa, como boa mãe, e até severa: se liga, rapaz!
Mogi que já me convidou tanto a ajoelhar, ao menos por um instante, dentro de suas igrejas tão lindas, enquanto eu resistia, mas que quando entendi, e assim fiz, me deu paz, alívio, alegria e a certeza de que tudo vale a pena, de que tudo é a mais absoluta verdade, é claro, desde que a alma brilhe em sintonia, com as luzes que iluminam a cidade. 
Mogi que deixará saudades.

sábado, 2 de julho de 2011

Contadores de HISTÓRIAS...

MEU PAI, conta e reconta histórias de uma forma muito peculiar, conta histórias de “gente grande, “de gente importante,” com uma riqueza de detalhes, que só quem já ouviu Seu Waldir contando sabe, mas vim aqui fazer aquilo que MEU PAI me ensinou... Contar... uma história... De um homem GRANDE E IMPORTANTE ! Aprendi com ele, que se diz o ano e o local , e tudo que se possa saber do “Fulano de Tal...” Waldir Fiorentino, que nasceu em 09 de agosto de 1945, em São Paulo, no bairro da Pompéia, 4º dos 5 filhos de Egydio, um vendedor (caixeiro viajante como se dizia). Um filho de italianos, que se casou com Hilda, uma Cearense da terra de uma figura a quem ela tinha grande devoção, por ter sido presença marcante na casa onde crescera , “Padinho” Padre Cícero... Moraram em vários bairros da antiga São Paulo, como a Moóca, vieram para Mogi das Cruzes. Acompanhou seu pai por muitos cantos desse Brasil, e nas viagens iam lendo e esvaziando as malas, mas trazendo na volta uma bagagem muito mais farta... Assim inicia sua paixão pela leitura, desde moço já trabalhava, e aos 27 anos , com Elsa Maria se casava, esta que lhes conta essa história e mais 4 filhos vieram, e por tantas a vida lhes aprontava, que a cada dificuldade vivida, mais sua bagagem aplicava.
E quando num momento de dificuldade, a vida lhe trouxe um papel, que o vento entregou pessoalmente em sua perna, uma nova fase ali se iniciava. A arte sempre esteve ali, e o vento só gritou o que ele antes não escutava... E o próprio auto-didata, nem ele acreditava no que acontecia, o papel que branco estava , agora um rosto trazia... “-Cagada!” Ele repitia, e assim, outro fez, e quando já se cansava, nem ele negava, que ELE DESENHAVA...
Auto-retrato de Van Gogh, por Waldir Fiorentino
"Foi Van Gogh quem o chamou," o vento trouxe nada menos que o auto retrato de Van Gogh e foi este seu primeiro desenho... Mais de mil rostos, nomes e histórias já saíram se suas mãos, e dessa história ainda muita coisa tenho que contar, mas com a riqueza de detalhes que ELE mesmo ensina e inspira, vou trazendo para este cantinho a cada post um pouco da história dele, de cada peça, de amigos importantes , fatos e fotos que entraram para esta ... história.